Cinco meses se passaram e o blog ficou abandonado sem qualquer postagem nova. Durante esse tempo várias coisas aconteceram como o caso do Marco Feliciano, A não-posse de Chávez, Tragédia em Santa Maria, Renan na presidência do Senado,
Drones que matam, Bento 16 renuncia, Meteoro atinge a Rússia, Papa Argentino, Movimento Passe Livre, Obama monitora ligações, Jornais pedem para a PM bater,
Jornais pedem para a PM parar de bater, o gigante acordou, Vinagre, “contra
tudo”, Derrubam os 20 centavos e outras mil coisas que seriam incontáveis e incabíveis em um post só. O que nos chamou mais atenção, não só a nossa como a do mundo, foram as manifestações que relembraram a Ditadura e o período de redemocratização no Brasil.
- O Brasil, vivia desde 1964 sob o regime de ditadura militar, e após 1967 o Brasil foi assolado por atos institucionais que diminuam as liberdades individuais e as garantias fundamentais em nome da segurança nacional.
- A ditadura militar do Brasil se encerra nos anos oitenta, com a eleição indireta vencida por Tancredo Neves. O fim da ditadura, na verdade, foi, por um lado, comemorada por muitos, como exemplo temos a campanha das “Diretas Já!” e a própria Constituição de 88, também conhecida como Constituição Cidadã - uma das constituição que mais avançou a história do Brasil em termos de direitos - e por outro lado, ao mesmo tempo, haviam momentos de decepção e retrocesso por parte de alguns. O Brasil estava em clima de euforia, pois um candidato que não era ligado a ditadura iria chegar ao poder. Uma euforia, no entanto, frustrada pela morte de Tancredo Neves, antes mesmo de assumir o poder.
- Com o falecimento de Tancredo, não foram convocadas novas eleições: foi costurado uma espécie de acordo com José Sarney, que era o seu vice, por medo da intervenção dos militares no processo político. O governo de Sarney vai de 85-90. Sarney, no poder, convocou uma Assembléia Constituinte, agora democrática e presidida por Ulysses Guimarães, e prometeu que o próximo presidente seria escolhido por meio de eleições diretas e criou a Constituição de 88. À partir daí, foram feitas eleições democráticas com liberdade partidária.
- A sucessão presidencial agita o país novamente. O candidato do PRS, Fernando Collor de Mello, assumiu uma candidatura contra a corrupção, recebe um estrondoso apoio nas urnas. Ao tomar posse, o presidente Collor decreta o Plano Collor, bloqueando as contas correntes e as poupanças por dezoito meses, tomando diversas medidas visando conter a inflação. Apesar do desemprego e do sacrifício do povo brasileiro, a inflação não é contida. Dois anos mais tarde, estouram denuncias de corrupção, desvios de verbas publicas e formação de quadrilhas por parte do presidente. É instaurado uma CPI, para julgar se as acusações são procedentes. Collor foi à TV, pedir desculpas à nação, mas não convence. Mais uma vez, as multidões tomam conta das ruas para pedir o impeachment do presidente, e pela primeira vez na história brasileira, um presidente é afastado do seu cargo sem que aja intervenções das forças militares. Imediatamente, seu vice, Itamar Franco, toma posse do poder, virando uma página na história do Brasil.
Os auto-falantes e batuques cativaram as pessoas que estavam dentro de casa, e a gente gritava "VEM PRA RUA" e muitos desceram. Eu - Mel -, falo com veemência que grande parte dos protestos no país estavam sendo pacíficos, mas é claro que as veiculações reacionárias não vão querer mostrar isso da população, e sim, mostrar os atos isolados de vandalismo. Apesar de que, de fato, haviam muitas pessoas sem gosto pelo quê estufar o peito. Eu não pensei que iria viver pra ver esse tipo de coisa.
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